domingo, 26 de abril de 2009

Onde mora o equilíbrio?
Fica a caminho de minha casa?
deve estar longe do meu mundo

Angustia e Agonia
É doença de que patologia?

Fiche os olhos e relaxe.
Quem sabe assim
as veias voltam ao tamanho normal.

214

era uma bolha
de um metro e meio de raio
de película impenetrável
composta de pastosa luz
luz em cores com textura
quase líquida
uma bolha
gelatinosa aos olhos
encantada e cheia de amor
sinônimo de universo
um aglomerado de completude
de sensibilidade sensível
o próprio duplo de si
que se percebe a si
o riso de uma alegria celestial
no silencioso telepático pensar

terça-feira, 21 de abril de 2009

EGO

Pensava no ego
Como uma bolinha
Redonda em tom marrom
Morando na altura do diafragma
Abaixo do coração.
Com sua pulsação própria
Caracterizada por um barulho mental
Um tanto incômodo.

Mas vejo que ele
É a própria ausência de visão!
Como se fosse
Algumas folhas
Postas sobre os órgãos do sentido
Distorcendo a capacidade consciente
De cada um

Uma voz lá de dentro diz imperativa:
“Eu não sou o Ego!”

Olhando difusamente para as minhoquinhas no ar. Atenta a audição de tão profunda afirmação, uma outra voz risonha diz:

“Eu não sou a laislara!”

quinta-feira, 16 de abril de 2009

não sei como
mas sem arrumá-las
minhas malas já se
fizeram prontas
e as passagens que não comprei
já foram reservadas
o destino que não desejei
foi escolhido
meu coração estático
nunca diria adeus
enquanto o corpo
se despede feliz

terça-feira, 14 de abril de 2009

Infantilidades, imprudências
Incompetência, incompletude

O que aprender?
O que ensinar?
Onde respirar?
Como respirar?
O que comer?
O que beber?

Quais são as verdadeiras ferramentas
Da auto lapidação?
Como calar perguntas em avalanches?
Como não querer?
Como não desejar e não precisar?
Quando não mais importar?
Como não importar?
Como? ... sorrir sem ter que se ignorar?

Como reta razão casada com curva emoção?
Como voar com os pés no chão?

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Olho pra fora
Olho pra dentro
Olho de fora
Olho de dentro
Os olhos de fora olham o outro
Os olhos de dentro olham a si
O si que é igual a mi
O sol é nós

Sujeitas a ilusão
Os olhos de dentro ensinaram os de fora
A si fechar
Até que eles possam ver sem censura

Ver sem censura?
Com olhos holísticos
Que contemplam

Enquanto isso
As ações cegas
Nos, vus, eu
Machuca

Até a dor
Se compadece de si!

quinta-feira, 9 de abril de 2009

PRESENTE

Deram-me um presente,
Como de costume fiquei muito feliz!
Disseram-me que não era um presente comum,
Mas um presente parecido com um ingresso,
Embrulhado em um papel barulhento,
Vermelho com Azul,
Quando abri! Puts!
O presente espoleta
saiu correndo me arrastando consigo!
Quando alguém lá de longe disse:
"Liberdade; é o nome do presente!"
...
Mas me parece que não tem devolução,
Só que essa seria mais uma aparência?
...
Tão ligeiro o danado
Fizera-se uma bela dor de cabeça,
Até que consiga domá-lo
Devo me render a seus caprichos,
Que parecem meus!
Mas talvez só fosse uma questão de aparência!
...
Percorrendo os 7 mares,
Depois os 7 grandes mundos
De algumas poucas e pequenas
Constelações!
...
E já cansado,
Quisera eu devolver o bendito!
É um belo presente
De predicados magníficos

Talvez eu o leve sempre comigo!
Deveria ser agradecida?

[sorrisos]

domingo, 5 de abril de 2009

gênesis

A muito tempo
Em mundos longínquos
Aonde as falas eram apenas sons.
E as palavras pouco mais que
Impulsos
Surge uma intenção danada
De dar mais vida as falas
Colocando esta em labirintos
A fim de não se perder,
Assim rapidinho!

Era sempre um som bonito
Só que as paredes do labirinto
Por vezes alterava seu sentido

A fala morava na casa
Que construíra
Por ser tão obediente a sua intenção
Deu-se forma a seu curso e percurso!

E

De um pacto sincero com a luminosidade
Criaram infinitos seres maravilhosos
Já que na Luz o Som propaga feliz
A Luz sem o Som é tão ligeira
Que não se pode pegar!

Se feito seu casamento
Arte é a finalidade

O som se percebe com a atenção
A luz está na entrega

Unidos Som e Luz
Denomino o Amor
E chutaria alegremente
Nesses enquanto essência universal
...

Mas me falta algumas coisas nesse relato
A gênesis não seria um lindo romance?
Que separado SomLuz,
Ficamos a fitar uma tragédia
O saboroso e ver o sorriso
Brotar da companhia

Talvez esse romance milenar
Viva suas tramas
Um sempre desejando o outro
E é por isso que nesse universo
Há tanto movimento...
Feliz! É a busca!

O prazer silencioso do amor
Se vê no equilíbrio
Atento da entrega
Explodir em uma festa
Som e Luz
Uma lupa
Um binóculo
A olho nu

Fechar os olhos
É a melhor forma de ver
A infinitude
Sei que é plenitude
Já que é gerador de prazer
Um ver que rima com
Render!

O que implicaria aquele tanto
De coisas do tipo prazer estético
Transcender espaço e tempo

A luz do infinito
Não seria tão bonita
Se não me fosse,
Junta atrelada a si

Curioso é que ela vem
De dentro
É ali que se esconde!
Tão perto e tão oculto
São os traços infinitos
Da Plenitude!

Por vezes achei que ela morasse no vazio
Mas foi engano meu!
O tolo foi acreditar que era vazio
Se tudo é o que faz!

01/04/2009