De repente o mundo gira Gira, gira Dando voltas magníficas Em cada volta podemos Ver uma harmonia Tam curiosa Que não olha para você (melhor que seja assim) Mas que faz de você algo melhor
São incompreendidos momentos Que saltam aos olhos Tão claramente Basta passar alguns minutos
E o incompreendido se faz visível Óbvio!
Se não bastasse só amar, Se tudo fosse tão complexo Como imaginei
O melhor a se fazer É degustar os momentos Doces Amargos Indigeríveis E AMAR
Que o incompreendido Uma hora fica tão Bonito! Basta ver o tempo girar Nos ponteiros de um relógio.
Imobilidade de um motor Essencialmente imóvel Que com a mais avançada Das sensibilidades Assiste os atos Que de tão fascinado Faz-se contemplativo Deixando de ser E se tornado ‘atenção’ E sendo sem se ser
quinta-feira, 21 de maio de 2009
nós criamos muros em torno de nós nos enclausurando
1 a 1 poucos a poucos
não consigo ao menos ver o outro o outro é o outro lado do muro
medo pode ser a mais triste de todas as doenças! medo é doença de ignorância!
e se o outro for o amor que de medo ignoro?
morrerei de medo do amor ou será da violência? porque meu medo é da violência! nunca do amor
violência é murar meu mundo me privar do amor e nunca ver o outro porque de medo morro
era uma bolha de um metro e meio de raio de película impenetrável composta de pastosa luz luz em cores com textura quase líquida uma bolha gelatinosa aos olhos encantada e cheia de amor sinônimo de universo um aglomerado de completude de sensibilidade sensível o próprio duplo de si que se percebe a si o riso de uma alegria celestial no silencioso telepático pensar
Pensava no ego Como uma bolinha Redonda em tom marrom Morando na altura do diafragma Abaixo do coração. Com sua pulsação própria Caracterizada por um barulho mental Um tanto incômodo.
Mas vejo que ele É a própria ausência de visão! Como se fosse Algumas folhas Postas sobre os órgãos do sentido Distorcendo a capacidade consciente De cada um
Uma voz lá de dentro diz imperativa: “Eu não sou o Ego!”
Olhando difusamente para as minhoquinhas no ar. Atenta a audição de tão profunda afirmação, uma outra voz risonha diz:
“Eu não sou a laislara!”
quinta-feira, 16 de abril de 2009
não sei como mas sem arrumá-las minhas malas já se fizeram prontas e as passagens que não comprei já foram reservadas o destino que não desejei foi escolhido meu coração estático nunca diria adeus enquanto o corpo se despede feliz
O que aprender? O que ensinar? Onde respirar? Como respirar? O que comer? O que beber?
Quais são as verdadeiras ferramentas Da auto lapidação? Como calar perguntas em avalanches? Como não querer? Como não desejar e não precisar? Quando não mais importar? Como não importar? Como? ... sorrir sem ter que se ignorar?
Como reta razão casada com curva emoção? Como voar com os pés no chão?
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Olho pra fora Olho pra dentro Olho de fora Olho de dentro Os olhos de fora olham o outro Os olhos de dentro olham a si O si que é igual a mi O sol é nós
Sujeitas a ilusão Os olhos de dentro ensinaram os de fora A si fechar Até que eles possam ver sem censura
Ver sem censura? Com olhos holísticos Que contemplam
Deram-me um presente, Como de costume fiquei muito feliz! Disseram-me que não era um presente comum, Mas um presente parecido com um ingresso, Embrulhado em um papel barulhento, Vermelho com Azul, Quando abri! Puts! O presente espoleta saiu correndo me arrastando consigo! Quando alguém lá de longe disse: "Liberdade; é o nome do presente!" ... Mas me parece que não tem devolução, Só que essa seria mais uma aparência? ... Tão ligeiro o danado Fizera-se uma bela dor de cabeça, Até que consiga domá-lo Devo me render a seus caprichos, Que parecem meus! Mas talvez só fosse uma questão de aparência! ... Percorrendo os 7 mares, Depois os 7 grandes mundos De algumas poucas e pequenas Constelações! ... E já cansado, Quisera eu devolver o bendito! É um belo presente De predicados magníficos
Talvez eu o leve sempre comigo! Deveria ser agradecida?
A muito tempo Em mundos longínquos Aonde as falas eram apenas sons. E as palavras pouco mais que Impulsos Surge uma intenção danada De dar mais vida as falas Colocando esta em labirintos A fim de não se perder, Assim rapidinho!
Era sempre um som bonito Só que as paredes do labirinto Por vezes alterava seu sentido
A fala morava na casa Que construíra Por ser tão obediente a sua intenção Deu-se forma a seu curso e percurso!
E
De um pacto sincero com a luminosidade Criaram infinitos seres maravilhosos Já que na Luz o Som propaga feliz A Luz sem o Som é tão ligeira Que não se pode pegar!
Se feito seu casamento Arte é a finalidade
O som se percebe com a atenção A luz está na entrega
Unidos Som e Luz Denomino o Amor E chutaria alegremente Nesses enquanto essência universal ...
Mas me falta algumas coisas nesse relato A gênesis não seria um lindo romance? Que separado SomLuz, Ficamos a fitar uma tragédia O saboroso e ver o sorriso Brotar da companhia
Talvez esse romance milenar Viva suas tramas Um sempre desejando o outro E é por isso que nesse universo Há tanto movimento... Feliz! É a busca!
O prazer silencioso do amor Se vê no equilíbrio Atento da entrega Explodir em uma festa Som e Luz
Uma lupa Um binóculo A olho nu
Fechar os olhos É a melhor forma de ver A infinitude Sei que é plenitude Já que é gerador de prazer Um ver que rima com Render!
O que implicaria aquele tanto De coisas do tipo prazer estético Transcender espaço e tempo
A luz do infinito Não seria tão bonita Se não me fosse, Junta atrelada a si
Curioso é que ela vem De dentro É ali que se esconde! Tão perto e tão oculto São os traços infinitos Da Plenitude!
Por vezes achei que ela morasse no vazio Mas foi engano meu! O tolo foi acreditar que era vazio Se tudo é o que faz!
Poderia fazer uma poesia agora Já que me ausenta vontades Poderia dizer mais mil palavras Se já não tenho mais o que falar É assim que se faz e cria Da naturalidade das intenções Que de tão passiva lembra não querer Mas é só e unicamente O conforto do vir Sem que alguém leve! São lentas e graduais alterações no todo Para que a intenção não afugente O gozo Brotar da paciência – ciência da natureza